domingo, 27 de fevereiro de 2011

Papel e caneta

Quanta falta me faz uma caneta e um papel, esses instrumentos retrógrados que nos foram dados como forma de nos expressarmos.
O que é mais contraditório em sentir tal saudade, é que eu sequer escrevo bem à mão. Mas parecem rabiscos as minhas letras mal formadas. Talvez seja por isso que me fazem sentir falta.
Essa falta de poder vez em quando riscar sobre o escrito, corrigindo um erro, mas sem que torne a folha em perfeito estado novamente, não é mas a mesma folha em branco. E de poder também por vezes desenhar ao lado dos meus textos, ou quem sabe simplesmente amassar a folha ao final de um dilúvio tormentas escritas para manter a calma. Amassa-se e se joga fora, mas a folha continua lá, concreta de subjetividades.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Nós sós.

Tanto medo de que caias e consigo eu caia.
É de querer cair, pra que não me derrubes,
E a calma atormenta minha paz.
No mundo da ansiedade não há lugar para o amor,
O amor é devagar, e de longo prazo,
A vida passa ao nosso lado muito mais depressa e
os que nela se deitam não a vêem.
Daqui tudo é muito belo,
mas nos sentimos sozinhos em nossa escolha.
Marginais que somos, em dias de frio!