quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

As Damas que há...

Uma é honesta, pontual, amiga vem e abraça-o e se descansa...
E sempre contamos com ela, não falha.
Maldizem-na, temem-na, e quando chega e te leva, os que ficam choram e se lamentam,
Creio eu que o fazem por inveja, bem queriam estar no lugar do escolhido!
Pobrezinha, sempre injustiçada!
Ah, como podem? Uma Dama diria eu, uma bela Dama!

A outra por sua vez é devassa, é a outra, é incerta,
Sofrida, sempre nos deixa! ou aos poucos nos momentos ruins, ou de súbito, sem sobreaviso nem despedidas...
Lhe permite as mais prazeirosas aventuras, lhe dá a mão e as rasteiras que tem,
tem hora marcada com outros,
Dizem que quando ela se vai cedo é porque abusaste demais dela,
Mentiras!, ela não segue regras,
não se sabe por mais que tente prevê-la,
quando ela se cansa de ti e vai soprar os lábios de quem chega...
e aindassim a amamos!
E como a amamos!!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Estou ficando velho!
esses pêlos em forma de agulha,
me torturam a carne!
Os mesmos que a pouco me aqueciam do frio paulistano,
agora parecem se somar a ele ao meu desalento.
Culpa da minha cabeça, que se remói a lembrar,
ou do meu estômago cuspindo fogo...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sabedoria+Conhecimento, Gênio, Siga-o!

Para construir a casa onde viveria, contratou alguns operários e construiu no canteiro de obras um pequeno depósito provisório, para guardar ali as ferramentas e o material da obra enquanto a casa era erguida.
Um dia um dos operários da obra veio lhe falar e disse que tinha sido despejado da casa onde morava. Pediu-lhe encarecidamente que lhe permitisse dormir no depósito da obra. E ele disse ao operário:

- Mas não é muito desconfortável o lugar pra você?
- Não!, meu senhor, eu me ajeito em qualquer canto! - Respondeu o operário.
- Se é assim, por mim tudo bem.

Passado algum tempo, a obra se encaminhava para o fim, e boa parte dos operário já haviam sido dispensados do serviço. Foi quando recebeu uma intimação, veio a saber que o que acontecia era que o operário cujo deu abrigo no pequeno depósito da obra, abrira um processo contra ele, e reclamava os direitos por ter ficado 24h na obra, como se fosse responsável pela segurança do local.
A reação foi a seguinte, foi até o tribunal e disse ao juíz:

- Meritíssimo, ou o senhor me diz o quanto eu tenho que pagar a ele, e eu pago. Ou eu falo o que eu penso e o senhor me prende.

O juiz apresentou-lhe os valores que foram devidamente pagos sem mais delongas.
Passaram-se anos, e a casa envelheceu, como toda casa, já necessitava de reformas. Contratou então uma outra empreiteira. Quando a obra começou, ao passar por um corredor da casa, deu de cara com o mesmo sujeito que havia o processado há alguns anos e que era agora novamente funcionário de outra empreiteira.
Ao passar por ele o choque do operário foi imediato, já ele, lhe disse apenas um "boa tarde" e continuou seu caminho. Logo como era de se esperar, o mestre de obras veio lhe falar:
- Meu senhor, venho em nome do meu operário, parece que vocês já tiveram qualquer desventura no passado, mas ele pede que o senhor não o mande embora. Mas o senhor é quem sabe, eu faço o que o doutor mandar!
- Não meu caro, diga a ele para ficar tranqüilo que não vou mandá-lo embora. O que ele fez foi desonesto, mas de certa forma parece que não lhe rendeu nada, continua ainda como servente, e deve ter conseguido com isso uma boa lição.

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O protagonista da História, contada pelo próprio em sala de aula, foi o querido professor Júlio César Tavares de Medeiros, que terminou a narrativa dizendo de forma inquisitiva:
"... Eu vou brigar com um operário, que mal teve condições de estudo e que não conseguiu nada na vida? Não!... Eu quero brigar com presidentes de multinacionais, eu quero os grandes!..."

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Não se prenda a grupos!
Você é tão exceto quanto qualquer ser humano neles.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

à Mariana

Loba,
Quem a si teme, a teme!
Sabe bem quem é, logo, diz quem são!
Máscula e impositiva,
Feminina e sensitiva...
Enfim, triste!, como o poeta tem de ser.

Que todos os dias não lhe faltem!:

Maldizeres!, aos injustos;
Alegrias!, as efêmeras são também valiosas;
Raiva!, também é pulsão de vida;
Inquietude com o mundo;
A paz de quem é.
Novembros! até que canse deles...
Amigos e amores, bem poucos!, pois damos mais valor às raridades!

Parabéns,
um beijo! Vinicius

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Receita de Mulher

de Vinicius de Moraes

Mas beleza é fundamental.
É preciso que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então Que a mulher se socialize elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os menbros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhavel na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferencia grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sigo de mansinho, sei bem meu caminho na estrada
de chão, e só não vou sozinho, tenho sempre bem juntinho
a estradeira solidão...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ensinamentos de meu pai:

O ignorante não sabe, também não busca o saber, mas se ele vier aceita-o.
O burro ignora e não aceita o saber.
Os sábios também ignoram, mas aceitam que não são capazes de resolver certa situação, refletem sobre novos problemas e ensinamentos, os absorvendo com o devido senso.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Especista

Seja cachorro, gato, coelho, iguana, todos os animais de estimação são adoráveis e tem características únicas de comportamento que os tornam agradáveis aos humanos.
Ah! Os humanos, esses animais são admiráveis não pelas suas virtudes características, mas pelas suas eternas deficiências. O humano não vive na paz dos animais. Certamente houve um erro na evolução da espécie, que o fez alejado da do bastante. Não há humano que se baste em sê-lo, se o houvesse, esse perderia de fato a característica que diferencia os humanos dos outros bichos. Deixemos isso pra outra discussão. O que se quer aqui é defender certo especismo por parte dos humanos.
Troque seu cachorro por uma criança pobre.
Troque sua pobre criança por um cachorro.
Tire um animal da rua, adote uma criança abandonada.
Mate um cachorro e dê de comer às crianças esfomeadas.



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tem que fazer!

Há certas experiências que são extremamente traumáticas, mas que nos são impostas por nós mesmos como uma obrigação a ser cumprida por todos, como um mal necessário à sublimação.
As dificuldades são essenciais para o desenvolvimento do ser, isso parece óbvio. Mas a questão da prática ser necessária, acho que se é realizada apenas pela deficiência de certas teorias, as quais não foram fortes o suficiente para aproximar o sujeito do problema em si, pois o problema pode também ser teóricamente apresentado de uma forma prática e experimental.
Isso acontece quando a explicitação de certo problema é tão convincente que se torna realmente um problema concreto para o sujeito.
E a partir desse conceito não seria preciso fazer coisas para se obter um crescimento pessoal. Bastaria entendê-las como problema, o que ainda é pouco menos dolorido que a vivência em si.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A planta e o líquido.

Que questão mais pertinente em mim esta, o que é melhor a planta ou o líquido (deveria incluir aqui também a palavra que inebria tanto quanto ou muito mais que uma e outro) ?
Certo seria mesmo que não necessitassemos de nenhum tipo de embiaguês. Mas acompanhemos os dados.
Eu por experiência e por conhecimento, digo-lhes que o principal problema da planta é a overdose social aplicada sobre ela. Não há uma fisiológica, desde de que essa não seja ingerida em grande quantidade, mas uma social é apresentada no primeiro indício de uso.
O usuário da planta é muitas vezes rebaixado, embora esteja muito mais lúcido que ele, a um nível inferior ao do alcólatra. O alcólatra, por sua vez, influenciado e bem quisto na sociedade, sente inevitável necessidade de ser alcólatra, já que todos o são e se já consumiu, não há sentido em parar de beber.
Enfim, acho que essas queixas são puramente pessoais, visto ter um grande exemplo do que consome obcessivamente o líquido e por consumir a planta(apesar desta também me trazer males à traquéia).
Por hora só explicito ser contra o que lhe favorece o seu lado negativo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ao que sonha...

Desde que esse sonhe com convicção necessária para ser realmente um sonho em que este acredita, não há diferença entre o sonho e a realidade. O que vale frizar é que, se o sonho se mostra impossível é porque o autor perdeu a capacidade de sonhar naquele assunto, e esta não deve ser forçada pois já é um sonho desgastado e não há ânimo, por mais que tudo mude, de fazê-lo ter sentido novamente; A solução mais simples é mudar de sonho, por mais que isso possa parecer difícil, é o que trás menos prejuísos ao sonhador.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ms.gov.br

Vejo estampado em um cubo as fotos de um belo estado brasileiro, o mato grosso do sul.
A campanha promocional do governo estadual traz em uma mesma forma geométrica, como fossem compatíveis - não que não o sejam, mas não dessa forma -, fotos de estradas e florestas, indústrias e animáis selvagens, plantações de soja e os lagos de Bonito.
Talvez isso explique o quadrado ser quadrado, e parecer não ter fim, parecer! Depois de duas ou três voltas se vê que se acabaram as variedades das figuras e que se dá sempre de cara com bois neloris a te encarar amedrontados.

Nephele Bhata

O nefelibatha ainda não foje totalmente à realidade, há sim nuvens que me parecem muito concretas, hoje mesmo as tenho visto durante o dia.
Feitas cor de cimento, com vergalhoes travessados, muita brita e areia média;
Que betoneira as terá feito? Esse é o ponto que me foje a lógica, só esse, pois as carriolas suspensas em duas tábuas de calipi teriam suadamente sido erguidas, ou arrastadas até onde elas estão, já as betoneiras! Ah, eis o mistério das edificações divinas!...

Alucinação

Olhando pra um prédio longe em construção, me deparei com uma pergunta, será que alguém caiu de lá?
Havia ambulâncias a pouco no bairro, quem sabe?
No ônibus a noite, vi uma pessoa sobrevoando os passageiros, quem era?
Ah cafeína se soubesses o mal/falta que me faz! Seu lhe tenho sou alucinado, se não alienado, qual a diferença? sem dois f's nem "a" que já me são de força hábito.
O mais estranho é que são alucinações sem música, quando as tenho músicadas, ou me vêem mais fortes ou bem mais brandas, agora, sem música, é realmente de se preocupar! que tipo de brisa é essa?
Bem talvez sejam só mesmo os dois últimos dias sobre efeito do álcool e sem dormir... esperemos amanhã para concluir se me é válida a internação em qualquer sanatório, ou a internação de todos, o que me parece mais certo é a soltura dos doudos, já que todos o são, o ser é algo normal, e normal é cousa de doudos!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Qualquer coisa de

Qualquer coisa de protesto me seria útil, essa é a intenção do revolucionário, mas que este não se esqueça que é também humano, é importante.
Afinal se é deus ou não, não é a questão, o que vale é saber que não são todos deuses, lembre-se disso, pois o louco só o é quando tenta provar aos demais suas teorias, não fosse isso, seria ele apenas quieto.

Vinhaça

Vinhoto, vinhaça ou restilo é o resíduo pastoso e malcheiroso que sobra após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado, para a obtenção do etanol(álcool etílico). Para cada litro de álcool produzido, 12 litros de vinhoto são deixados como resíduo.
Quando jogado nos rios constitui uma séria fonte de poluição. Pode, no entanto, ser aproveitado como fertilizante ou na produção de biogás.
Empregado na lavoura como substituto de fertilizantes, ou na pecuária como complemento de alto teor protéico da ração animal.
Fonte: Wikipedia